Aqui estarão registrados textos poéticos, ou não, selecionados por mim e pela simpatia, carinho de amigos. Alguns serão um atrevimento meu, tambores a ressoar neste espaço. E, se quiserem acusar alguém , acusem-me, por favor!
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
DESENGANOS DA VIDA, METAFORICAMENTE
UM SONETO DE GREGÓRIO DE MATTOS GUERRA:
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
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