domingo, 15 de janeiro de 2012

Ilha dos Cardos-Uma crônica de C Rosa.


Não , não vou postar a crônica toda. Quero somente destacar, dizer, que a mesma me fez muito bem no dia de hoje. Li encantada, a pleno calor, e por momentos senti o fescor do mar, em sua pintura , vislumbrei uma imagem feérica da ilha numa noite de luar. E isso porque olhos sensíveis trouxeram, com a pintura das palavras, grandes instantes de comunhão com a natureza. Da revista de onde saiu a crônica do poeta, lemos, na orelha, um pensamento de Nietzsche que me desperta alegrias, sensibilidades na alma:
"As palavras e os sons não seriam arco-íris? A palavra é encantadora loucura: com ela o homem dança com todas as coisas."
Numa linguagem simples como a ilha, com o perfume que vem no vento, o autor fala usando imagens que bem podem referir-se a nossa vida em certos instantes.Vejamos:
" Em sua costa voltada para a barra, a ilha é um paredão escuro,forte e singelo, desprovidoa da delicada beleza da face voltada para a Ilha da Boa Viagem. É ele que suporta o embate das ondas. Mas em dias calmos o sol acaricia a rocha bruta e desvenda sutilezas e nuances de cores que poucos podem apreciar." É, muitas vezes somos paredões que não são facilmente vistos, há que haver o sol e o nado da procura.

Mas , ele diz ainda , antes, com atenção ao detalhe " De tempos em tempos nasce um galho verde entre as fissuras daquelas pedras, e o vento tanto faz para arrancá-lo que sempre consegue".
Mas o que é bom, é que o mesmo vento pode trazer novas sementes. E assim a vida se renova de alguma forma.
A crônica é linda, pois ainda fala do luar, da visão dessa ilha de sonhos, com direito portanto a tesouros.
Qualquer dia , eu posto inteira!