Aqui estarão registrados textos poéticos, ou não, selecionados por mim e pela simpatia, carinho de amigos. Alguns serão um atrevimento meu, tambores a ressoar neste espaço. E, se quiserem acusar alguém , acusem-me, por favor!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Ainda sobre Indignação
Gostei muito tb do final. Dá, de início, a impressão de que ele se cansou, mas não é bem isto mesmo. O fato do final ser rápido , onde as coisas mais são sugeridas que propriamente ditas, deixa-nos o trabalho de completar a narrativa, de interagir com a história imaginando todo o sofrimento que se abateu sobre a família.Ele só nos dá rápidos instantes mais fortes do sofrimento. Roth não duvida de seus leitores. Deixa-lhes sugestões como raios de indignação.
Muitas coisas nos são sugeridas sem serem ditas. Roth é um denunciador de problemas de relacionamento sob aparente águas tranüiilas.
Pergunto-me, por exemplo: O que terá havido de tão grave na vida de Olivia que a deixou naquele estado? Não simplesmente a separação dos pais.Por que terá havido a separação? Olivia não gosta de falar do pai. Coisa de que Marcus não se poupa em relembrar: um pai pelo qual ele tem tem carinho, um pai que adoece de amor e receios pelo destino pelo filho. Não sei bem porque mais minha intuição me diz que Olivia não suporta o pai, ou terá sido sugerido por Roth? A literatura nos proporciona isto : um mundo de sugestões, de dubiedades.
Enfim , muitos enfins ainda teremos, a indignação está ou é sugerida em vários momentos , camadas, desta fantástica história humana(ou desumana!).
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