quarta-feira, 8 de julho de 2009

SINOS, Roseana Murray

SINOS

quando estava só
nos meus vastos campos
de machucadas orquídeas
e silêncio
e à noite bebia em taças opacas
estrelas líquidas e passado
e o vento do deserto
me alcançava trazendo
o rumor dos mortos
você chegou
com vassoura de luz
varreu a casa e limpou os sinos


Roseana Murray
in Poesia Essencial, ed. Manati, 2002

Um comentário:

  1. Muito lindo o poema, querida Elô!
    Beijo e carinho.
    'Linkei' seu blog no meu Parole.

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